domingo, 5 de dezembro de 2010

Animaking buscou inovações tecnológicas necessárias para a produção do primeiro longa-metragem brasileiro em stop motion

Especializada em animação para cinema, a Animaking se instalou no Sapiens Parque em 2007. Deixou São Paulo atraída pelas inovações tecnológicas necessárias para realizar o primeiro longa-metragem brasileiro em stop motion (uma técnica de animação), com previsão de lançamento mundial em 2011 pela Fox. "Fomos convidados e o chamariz foi a tecnologia", disse o sócio da empresa e diretor do filme Minhocas, Paolo Conti.


A aposta foi acertada. O primeiro problema, de solução cara em São Paulo, foi facilmente resolvido em Florianópolis: a criação de um software agregado a uma espécie de grua que pudesse fazer movimentos precisos e milimétricos da câmera para 24 fotos por segundo. "Dentro do ambiente de inovação encontrado aqui, a solução se tornou simples", diz Conti. Se fosse importar a máquina, gastaria cerca de US$ 1 milhão, valor elevado para um orçamento de R$ 10 milhões.

O trabalho coube a Daniel Schreiner. "A simulação é feita no computador e deixamos tudo programado para o estúdio." Agora, Schreiner trabalha em um projeto do Instituto Sapiência, também no parque, para criar um sistema computacional acionado por gestos e toques, a ser apresentado em dezembro.

Criar mil rostos para os 45 personagens a partir de uma matriz feita a mão foi possível pela convivência entre arte e indústria tecnológica no Sapiens. "Em São Paulo tentamos articular, mas não fomos bem recebidos. Lá, querem vender a máquina para outros fins. "

A Sábia Experience Tecnologia também trabalha com arte e tecnologia aplicada a marketing, educação e entretenimento. "O ambiente daqui favorece a interação entre as empresas", diz o diretor de gestão corporativa, Carlos Assuiti. "Não vemos o outro como concorrente, mas como parceiro."

Importância. O setor de tecnologia é um dos que mais contribuem com impostos em Florianópolis. São 550 empresas de software e hardware na cidade, com faturamento anual de R$ 1,2 bilhão e geração de 5 mil empregos diretos. Responde por cerca de um terço do PIB estadual. Em 2009, contribuiu com R$ 9,7 milhões em Imposto Sobre Serviços, enquanto a atividade mais badalada, o turismo, rendeu R$ 3,3 milhões.
Fonte: O Estado de São Paulo

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